Crítica The Handmaid’s Tale S6: uma temporada que serve de gancho para The Testaments

Eis que a jornada de June Osborne (Elizabeth Moss) chega ao fim — bem, ao menos era isso que muita gente esperava da última temporada de The Handmaid’s Tale, uma criação de Bruce Miller com base na obra literária de Margaret Atwood.

Com um fim muito divisivo — grandes spoilers a partir daqui —, parte do público ficou frustrado por não ver a reunião entre a protagonista e sua filha mais velha, Hannah. Ocorre que no meio da jornada da série de TV, Atwood lançou uma espécie de continuação para seu livro mais conhecido. The Testaments, ao contrário da primeira obra, não tem June como sua principal personagem, mas mostra como Hannah, 15 anos após os acontecimentos da primeira entrada no universo literário de Atwood, continua em Gilead.

Com a produção da adaptação televisiva de The Testaments já em andamento, era de se esperar que a sexta temporada de The Handmaid’s Tale teria mais cara de vitória de uma batalha, não da guerra. Miller não apressaria nada que prejudicasse a continuação. Todavia, é compreensível que algumas pessoas esperassem mais da atração após se dedicarem a ela por tantos anos.

A verdade é que como sabemos que a história continua e teremos ao menos uma figura já conhecida no elenco principal — Ann Dowd como tia Lídia —, todos os avanços contra um regime autoritário feitos pela perspectiva de June já são o suficiente para manter o desejo de continuar investindo tempo na história.

Assim como nas temporadas anteriores, a última mantém uma qualidade estética invejável, tem atuações poderosas e um roteiro na maior parte do tempo muito afiado.

Seria mais do que justo se Yvonne Strahovski finalmente vencesse um Emmy de atriz coadjuvante por sua performance sempre intensa e precisa na pele de Serena Joy. A atriz entregou tantas nuances com sua personagem, deveria ser mais festejada pelo trabalho que fez.

Outra atriz que merece menção especial é Madeline Brewer, que brilhou mais do que nunca com a sofrida Janine. De todas as personagens da série, foi a única que deixou a merecida sensação de ter a jornada completa contada.

Com Boston liberada do domínio retrógrado de Gilead, a série deixa, sim, a sensação de que muito foi alcançado. Não tudo, em sintonia com a vida fora das telas, feita de acertos e tropeços.

Agora, resta esperar se The Testaments trará uma conclusão que justifique essa jornada de tanta dor e luta.

Nota (0-10): 8

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