Crítica Shrinking S2: tão ruim que irrita

Comédia dramática é um gênero de produção que, quando bem executado, une o melhor de dois mundos: nos emociona e faz rir ao mesmo tempo.

Temos bons exemplos por aí, como as britânicas We Are Lady Parts e Big Boys, sendo que a última exibirá em breve sua terceira e última temporada.

Shrinking, criada por Bill Lawrence, Jason Segel e Brett Goldstein, se esforça para trazer ao público a união mágica que é comédia e drama, mas falha miseravelmente no resultado.

Após um primeiro ano no qual a série nunca alçou voo alto o suficiente para ser considerada brilhante, mas chegou ao décimo episódio com sensação de missão cumprida até ali, tudo piorou nesta segunda temporada, com longos 12 episódios.

Sinceramente, é chocante o quanto o roteiro soa artificial. Todas as situações vistas não nos passam naturalidade. Os diálogos são por vezes até vergonhosos de acompanhar. É possível sentir cada trama se desenvolvendo de forma previsível e desinteressante.

O pior é que a série conseguiu acabar com a sua maior qualidade: o quão agradável e coeso o elenco principal era até então.

Na segunda temporada, foram empilhadas crises e mais crises sem profundidade. Jimmy (Segel) perdeu seu brilho e criou animosidade com quem pode; Liz (Christa Miller) resolveu trair o marido, um único beijo dramatizado ao máximo; Derek (Ted McGinley), que ganhou mais espaço, precisou lidar com a traição; Paul (Harrison Ford) foi o mais desdenhoso possível com uma namorada disposta a aguentá-lo; Gaby (Jessica Williams) conseguiu decepcionar o novo interesse romântico e a mãe; Brian (Michael Urie), que só pensa em si mesmo, jurava que não teria filhos até que… aceitou adotar uma criança; Sean (Luke Tennie), um tanto deslocado do grupo, precisou enfrentar seu pai; Alice (Lukita Maxwell), assim como Jimmy, precisou lidar com o perdão a Louis, homem responsável pela morte de Tia e interpretado por Goldstein, personagem envolto em culpa.

Algumas tramas são obviamente descartáveis, mas outras, ao menos no papel, deveriam funcionar. É frustrante como o resultado não é bom o suficiente para emocionar, nem mesmo para fazer rir.

A série não consegue ser nem coerente. Após falar tanto sobre os traumas de Sean na guerra, é visto como uma ótima ideia que a irmã de Gaby entre nas forças armadas. Nesse momento, juro que deu vontade de largar tudo.

Leia a crítica de Shrinking S1

Se na primeira temporada de Shrinking a sensação foi de que não era possível dar um veredicto sobre a produção, agora o resultado saiu: é uma série que merece ser esquecida.

Nota (0-10): 2

***

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