Após uma primeira temporada tumultuada no qual o ódio de preconceituosos racistas ganhou mais manchete que a história em si, The Lord of the Rings: The Rings of Power está de volta.
A série de Patrick McKay e John D. Payne felizmente não precisou passar pelo mesmo mar de ódio desta vez, de modo que tivemos um caminho menos revolto durante os oito episódios do segundo ano.
Deu pra focar no que mais importa: na qualidade da atração. Se por um lado podemos ver a riqueza da produção, com cenários deslumbrantes, por outro vimos piorar a qualidade da história em si.
Desde o princípio, tivemos um enredo duvidoso. Nem falo tanto na qualidade do roteiro, dos diálogos, mas dos arcos narrativos mesmo. A forma como Sauron (Charlie Vickers) sempre enganou as pessoas ao seu redor parece tão boba.
Chegou a tal ponto que, neste ano, certa hora eu queria que Celebrimbor (Charles Edwards) morresse mesmo — e, vamos combinar, não acho que é esse sentimento que a série espera da gente.
Se nós olharmos de longe, a atração parece tão encantadora. Todavia, se olharmos com lupa cada trama, elas parecem tão frágeis.
Toda a jornada de Gandalf (Daniel Weyman) e as pequenas Nori (Markella Kavenagh) e Poppy (Megan Richards) foi arrastada. Nem mesmo a presença de Dark Wizard (Ciarán Hinds) ajudou, foi um desperdício de um bom ator até agora.
Se nos voltarmos para a trama de Galadriel (Morfydd Clark) e demais elfos, também parece pouco atrativa. É um vai e vem sem sentido, culminando numa guerra tão estranha.
Por falar em vai e vem, a linha do tempo da série é tão truncada. Com a escolha de abordarem apenas algumas tramas por episódio, abre-se um vácuo estranho quando algumas histórias são retomadas apenas dois ou três capítulos depois.
Essa escolha faz parecer que tem muita coisa importante acontecendo ao mesmo tempo quando, em verdade, somos obrigados a acompanhar a briga boba entre o príncipe Durin (Owain Arthur) e seu pai em demasia. Enquanto isso, Adar (Sam Hazeldine), um vilão realmente interessante, expande seu território sem vermos.
A falta de um enredo mais coeso faz refletir se os criadores da série estão querendo tirar leite de pedra do material de J. R. R. Tolkien ou só não são tão bons condutores mesmo.
Leia a crítica de The Rings of Power S1
De qualquer forma, o resultado é misto. Tecnicamente falando, é uma atração linda, indicada para quem quer viajar para um mundo mágico. Entretanto, não exija muito da história. Ou melhor: exija nada.
Nota (0-10): 5
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