Crítica Big Boys S2: uma série profundamente humana

Uma jornada que nos faz rir e chorar, deixa o coração apertado, nos enche de angústia, nos faz transbordar de amor. Assim é a segunda temporada de Big Boys, comédia dramática britânica semibiográfica conduzida com ternura por Jack Rooke.

Após um primeiro ano em que conhecemos uma versão mais jovem do criador da série, aqui vivida pelo carismático Dylan Llewellyn, e seu amigo Danny, interpretado por  Jon Pointing, estamos prontos para enfrentar o segundo ano de universidade — e em pleno 2014, que, para Rooke, foi o último bom ano para o Reino Unido.

Para nossa sorte, Corinne (Izuka Hoyle) e Yemi (Olisa Odele) ganharam bem mais espaço na trama ao irem morar com os protagonistas. O sonho de Danny para esta nova família formada era ter Corinne como companheira e os dois restantes como filhos gays da dupla — fofo, não é mesmo?

Nem tudo saiu como o esperado, mas coube a Danny fazer do limão uma limonada e seguir em frente, algo ao qual ele já se acostumara.

Os seus flashbacks ajudaram a dar uma dimensão da história desse amigo que ajuda e é ajudado, que está em luta constante tratando-se da saúde mental.

O aspecto mais incrível da atração é a abordagem profundamente humana de seus personagens, todos com suas qualidades, suas limitações, seus problemas, suas esperanças. O mais importante: dando suporte um ao outro.

A generosidade de Rooke para com os personagens também atingiu Peggy (Camille Coduri), Shannon (Harriet Webb) e Nanny Bingo (Annette Badland), sempre presentes na trama. A cena em que Nanny se despede de seu filho, em especial, é tão desoladora.

A única parte ruim dessa generosidade do criador da atração é que continuamos com seis enxutos episódios e ele precisa fazer tudo isso caber num tempo muito limitado. O resultado é de aplaudir de pé, mas, assim como na primeira temporada, fica nítido que faltaram mais episódios.

Bem verdade, nenhum tempo seria o suficiente. O roteiro é tão doce e sensível que se tivesse o dobro de capítulos, ainda assim iríamos querer mais.

Família não é laço consanguíneo. Família é afeto. Big Boys é o perfeito exemplo disso.

Termino o texto com a música Fever To The Form, de Nick Mulvey, uma das tantas canções maravilhosas que entraram na trilha musical.

Observação: obrigado, público. Eu não sabia que a segunda temporada já estava disponível. Fui procurar saber porque houve um aumento considerável nas visualizações da crítica do primeiro ano e achei que pudesse ser o caso.

Nota (0-10): 9

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