Crítica What We Do in the Shadows S5: bizarra e cativante

Em uma realidade na qual as séries estão sendo canceladas cada vez mais frequentemente e terminadas cedo, a comédia What We Do in the Shadows começa a se mostrar uma produção de vida tão longa quanto a dos vampiros protagonistas.

A longevidade inabalável — vale pontuar que a atração criada por Jemaine Clement foi renovada para a sexta temporada antes mesmo da estreia da quarta — tem sentido. É uma daquelas comédias ótimas para assistirmos quando queremos desopilar.

Há uma riqueza no universo criado e detalhes para serem lembrados. Ao mesmo tempo, há uma leveza e um descomprometimento, fazendo com que o público não se preocupe muito com a narrativa passada e apenas aproveite essa jornada mais do que bizarra.

Não que essa facilidade para acompanhar seja sempre positiva. Fica a sensação de que pouco muda. O melhor exemplo é o arco de Guillermo (Harvey Guillén). Após enrolarem a quinta temporada inteira, eis que ele volta a ser humano. Frustrante, tanto quanto essa demora para ele declarar seu amor por Nandor (Kayvan Novak).

Essa lógica de circular para retornar ao mesmo lugar também opera com Colin (Mark Proksch), que voltou a ser o chato de sempre após ganhar bom destaque com o seu renascimento para lá de estranho.

Mudança positiva de fato foi a inserção de The Guide (Kristen Schaal) no time principal. A personagem tem brilho próprio e encaixa bem na doideira do grupo.

Leia a crítica de What We Do in the Shadows S4

Ainda que precise de uma infusão de sangue novo às vezes, a série tem charme e é inegavelmente cativante. Não é indispensável, mas está pronta para mais algumas aventuras.

Nota (0-10): 7

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