Crítica One Piece S1: peculiar e divertida

Sucesso em diferentes meios, essa é a melhor apresentação para One Piece. Originalmente um mangá, o trabalho japonês criado em 1997 por Eiichiro Oda já vendeu mais de 500 milhões de cópias no mundo. É o mangá mais comercializado da história. Dois anos após o lançamento, começaram as exibições da versão televisiva no Japão, que está no ar até hoje e conta com mais de mil episódios. Também foram produzidos mais de uma dúzia de filmes.

Com esse retrospecto poderoso, não é de se espantar que a versão televisiva da Netflix também tenha chegado quebrando recordes. One Piece alcançou o topo do ranking de séries mais vistas da plataforma em 84 países, superando fenômenos como Stranger Things e Wednesday.

Você pode até dizer que os números são exagerados, mas eles fazem sentido. O universo de Eiichiro Oda é peculiar, diferente do que costumamos ver e, sobretudo, divertido.

Em meio a tantas extravagâncias em cena, a série adaptada por Steven Maeda e Matt Owens acerta em pontos fundamentais. O primeiro é a escolha do protagonista.

Iñaki Godoy é perfeito como Monkey D. Luffy. O ator esbanja carisma. Seu sorriso é encantador. A melhor escolha de casting possível. É o principal responsável por equilibrar uma balança que tem alguns contrapesos, como Mackenyu e seu muitas vezes insosso Roronoa Zoro.

O roteiro, na maior parte das vezes, também cumpre seu papel sem ficar muito pastelão. Temos alguns bons exemplos de diálogos bobos, mas que, para o bem e para o mal, estão geralmente em sintonia com o tom da série.

A parte estética demonstra o alto valor investido e a direção consegue validar esse mundo que com facilidade poderia descambar para o completo caos artístico. Longe de ter a robustez dos primeiros anos de Game of Thrones, mas também nem se propõe a isso. No reino de Luffy, ficamos felizes quando os personagens de caracterização mais alternativa não são motivo de vergonha alheia.

Eis o ponto: para quem esperava uma trapalhada gigantesca, mordeu a língua. Para quem esperava a melhor produção do ano, é possível que tenha se decepcionado. Como de costume, oscila muito com nossas expectativas.

Se você não espera nada da série, apenas quer se divertir, apronte-se porque chegou a hora de navegar, pirata!

Nota (0-10): 6

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