Sucesso a ponto de ser indicada a sete prêmios Emmy no seu ano de estreia, Yellowjackets chega em sua segunda temporada como um ar de drama indie badalado.
Centrada em sobreviventes da queda de um avião, a série é uma versão mais arrastada e desinteressante de Lost. Oscila entre alguns momentos eletrizantes com outros que são bobos demais a ponto de não parecerem a mesma atração.
Em uma troca de papéis curiosa, o elenco jovem é responsável por momentos chocantes, tensos e maduros. Já 25 depois, suas versões mais velhas estão metidas em tramas por vezes infantis.
Todo o arco de traição da Shauna (Melanie Lynskey neste caso) prima pela chatice. Ainda que as atrizes se esforcem, há diálogos risíveis, como quando a protagonista ameaça um homem para recuperar o seu carro.
Taissa (Tawny Cypress) também sofre com o roteiro. Num momento, ela está desolada pela separação da esposa e do filho. Num piscar de olhos, quase mata a companheira e esquece completamente que o filho existe. Coerência para que se é preciso uni-la com o amor selvagem de outrora para reviver os bons rituais?
A única personagem em sintonia com a esculhambação do núcleo adulto é Misty (Christina Ricci), pois ela tem esse jeito que oscila entre o cômico e o macabro. Por sinal, a adição de Walter (Elijah Wood) foi a melhor coisa que aconteceu. Eles formam um casal estranhamente fofo.
Leia a crítica de Yellowjackets S1
Pena que a série vive uma crise de identidade na qual não sabe se quer focar em tramas bobas ou nos mistérios e na carnificina. Enquanto isso, poucas respostas são dadas e fica o questionamento se vale continuar sintonizado pelas cinco temporadas planejadas.
Nota (0-10): 5

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